Os italianos não acreditam em emoções silenciosas - a Lamborghini adia o 'adeus' aos motores ruidosos.
Apesar da tendência crescente de eletrificação total, a Lamborghini não tem pressa em encerrar a era dos motores a gasolina. Conforme revelou Rufeng Mohr, diretor técnico da marca, nos próximos anos o foco será nas tecnologias híbridas. Segundo ele, esta estratégia será mantida pelo menos até o final da década. O primeiro supercarro elétrico da Lamborghini — o conceito Lanzador — não aparecerá em versão de série antes de 2029 ou mesmo 2030.
Enquanto isso, a empresa continua a aprimorar os sistemas híbridos. O mais recente coupé, chamado Temerario, é equipado com um potente V8 de 4,0 litros com duplo turbo, funcionando em tandem com um motor elétrico. A potência total do sistema impressiona — 907 cavalos de potência. O carro possui tração integral e uma caixa de câmbio robotizada de oito velocidades, proporcionando dinâmica e dirigibilidade excepcionais, dignas de sua classe.
Mohr destacou que a transição em massa para a eletrificação não é algo do futuro próximo. Em suas previsões, isso pode ocorrer não antes de meados dos anos 2030, ou talvez nos anos 2040. O principal argumento são as emoções proporcionadas pelo motor de combustão interna clássico. Ele está convencido de que os clientes da marca já possuem veículos elétricos de outras marcas, mas quando se trata de Lamborghini, eles querem sentir aquela centelha que vem do motor ruidoso e da resposta precisa ao pressionar o pedal.
No entanto, o desenvolvimento dos componentes elétricos não foi cancelado. À medida que o progresso nas baterias e a densidade de energia aumentam, sua participação na arquitetura dos futuros modelos aumentará. No entanto, na Lamborghini enfatizam: a transição para a eletricidade total só ocorrerá quando for compatível com a filosofia da marca — criar não apenas um transporte, mas um carro com caráter.