O mercado automotivo do Brasil continua a crescer graças à demanda em massa e à chegada de marcas chinesas, mas nem todas as empresas se beneficiam desta tendência.
A pandemia de COVID-19 em 2020 atingiu seriamente a economia do Brasil, refletindo imediatamente no mercado automotivo. Pela primeira vez em dez anos, as vendas de carros de passeio não alcançaram 2 milhões de unidades. No entanto, já em 2021 o país começou a se recuperar - o PIB cresceu 5%, mas o mercado automotivo reagiu mais lentamente. Em 2022, o crescimento das vendas foi de apenas 0,9% devido à alta inflação e à baixa demanda.
A virada ocorreu em 2023. Apesar das preocupações dos analistas, os brasileiros começaram a comprar carros de forma mais ativa. As vendas chegaram a 2,18 milhões de unidades, aumentando 11,3% em comparação aos números de 2022. A tendência continuou em 2024: o mercado cresceu 13,9%, quase recuperando os volumes pré-pandemia.
O primeiro semestre de 2025 confirmou o crescimento sustentado - foram vendidos 1,13 milhão de carros, 5% a mais que no mesmo período do ano passado. A liderança permanece com a Fiat com uma participação de 21,4%. Volkswagen (16,5%) e Chevrolet (10,6%) mantêm o segundo e terceiro lugares.
Entre as 10 principais marcas, a que mais cresce é a BYD (+46,5%), enquanto a Nissan, pelo contrário, apresentou o pior desempenho (-16,7%). No ranking de modelos, o primeiro lugar permanece com o Fiat Strada, seguido pelo Volkswagen Polo.
É importante destacar o boom dos veículos elétricos. Desde 2023, suas vendas aumentaram significativamente, e em 2024 os fabricantes chineses, incluindo BYD e Chery, começaram a localizar a produção no Brasil. Isso fortaleceu a posição do país como um hub chave para veículos elétricos na América do Sul.
Nos primeiros seis meses de 2025, o segmento de carros elétricos cresceu 17%, alcançando um recorde. Ele representa cerca de 6% do mercado total. A BYD lidera com confiança, enquanto a Volvo e a Great Wall dividem o segundo e terceiro lugares.